Imagine como seria ganhar um ticket que pode te levar a lugares incríveis. Você pode ficar com medo e não ir a lugar algum ou pode pegar a passagem e seguir em frente com frio na barriga e tudo!
Para mim, aprender um novo idioma é mais ou menos isso. É sair da zona de conforto e apostar tudo em uma grande jornada de conhecimento. E aqui, vou te apresentar o caminho que percorri para finalmente me tornar a teacher Nielda.
Primeira parada:
mudanças mil
Eu nasci no estado da Paraíba, mas já morei em muitos outros lugares do Brasil. Fui à escola pela primeira vez aos 3 anos, e aos 15 já tinha terminado o ensino médio. Mas como minha família se mudou diversas vezes ao longo dos anos, cheguei a estudar em mais de dez colégios diferentes.
Nesse período tive diversos professores, conheci muitos colegas e passei por uma série de metodologias, mas uma coisa nunca mudou: a minha paixão pelos estudos e a curiosidade em aprender coisas novas onde quer que eu estivesse.
Segunda parada:
mudanças mil
Até os meus 15 anos, eu achava que queria ser médica, mas na hora de escolher a profissão me vi refletindo sobre o que de fato gostaria de fazer. Foi aí que percebi que eu queria descobrir como a vida funcionava, pesquisar algo que ainda não havia sido desvendado.
Por fim, cheguei à conclusão de que queria virar cientista. E foi assim que, aos 17 anos, iniciei minha formação em Biologia. Mas as mudanças não pararam por aí não!
Quando as mensalidades começaram a ficar mais altas que o meu orçamento, me transferi para outra faculdade, além de vender doces para conseguir fechar as contas.
Trabalhei com plantas e estagiei no Parque do Ibirapuera em São Paulo.
Passei em uma iniciação científica na Universidade de São Paulo (USP).
Dei aula para turmas dos ensinos fundamental e médio.
Fiz meu mestrado em Fisiologia Vegetal também na USP.
Quando recebi o convite para seguir com o doutorado, percebi o quanto sentia falta de ter contato com as pessoas. E apesar de ter me aprofundado muito em metodologia científica, planejamento e pesquisa, entendi que uma das coisas que mais me agradavam ao longo do mestrado era a possibilidade de trocar conhecimentos e transmitir aos outros o que eu sabia. Então, decidi dar uma pausa na carreira acadêmica para testar algo novo.
Terceira parada:
a paixão pelo inglês
Mesmo antes de deixar a carreira de bióloga eu já estava trabalhando com inglês para complementar minha renda. E quanto mais contato eu tinha com a língua estrangeira, mais queria trabalhar com ela no meu dia a dia.
Posso dizer que tive uma rotina de estudos diferente, sabe? Aprendi por meio das artes, da música e do teatro e ainda tive a oportunidade de acompanhar algumas aulas como assistente de sala — ou como professora mesmo —, o que aumentou ainda mais a minha familiaridade com o idioma.
E eis que num belo dia, após a aula, uma aluna deu carona para meu professor e eu. E assim que descemos do carro, tive um insight e manifestei em voz alta o meu próximo objetivo: “Quero ser Nielda em inglês”!
Quarta parada:
“Quero ser Nielda em inglês”
Essa frase soa um pouco engraçada, né? Mas era isso que eu sentia. Eu queria expressar meus pensamentos de forma clara e autêntica; queria ser eu mesma independentemente do idioma.
Continuei estudando, participei de simpósios, palestras e aprendi que poderia utilizar o inglês para me conectar com outras pessoas. Descobri que o segredo era ter coragem para dar o primeiro passo, dar o meu melhor para que a minha mensagem fosse compreendida, sem medo de errar. E até hoje é isso que quero ensinar aos meus alunos.
Acredito que para ser você em inglês é preciso descortinar conceitos que vão além de gramática e vocabulário. É importante praticar também o autoconhecimento para descobrir quem você é e quais são os seus objetivos, sonhos e dificuldades. É preciso encontrar a sua própria voz.
Para isso, utilizo ferramentas que ajudem meus alunos a se sentirem mais confiantes para se comunicarem em inglês, alinhando o embasamento teórico e científico a técnicas mais criativas.
Quando me tornei professora de inglês, eu levava na bolsa canetinhas, lápis de cor, cadernos de desenho e buscava abordar temas diferenciados, sempre de um jeito mais leve e autêntico.
Com o “Seja você em inglês”, quero despertar a paixão pelo aprendizado, estimulando a comunicação sem amarras e estabelecendo uma troca saudável com meus alunos para que eles expressem seus sentimentos e opiniões em inglês de forma mais orgânica.
