Quando você se depara com uma informação nova, normalmente ele não fará sentido para você caso esteja “solta”. Palavras soltas não fazem sentido algum, certo? É sempre importante colocá-las em um contexto. Assim, a gente parece entender melhor do que se trata, e nos estimula a olhar as coisas em uma bigger picture. Principalmente quando essa nova informação se cruza com outras coisas que você já sabe ou vivenciou.
Quer um exemplo? Repare na imagem acima um quebra-cabeças com peças soltas e desalinhadas. Você não consegue ver qual é a imagem que ele forma, e nem como montá-lo. Mas, se você juntar pequenos bloquinhos que se conectam, e olhá-los de forma geral, será mais fácil compreender a resolução, certo?
Assim são os blocos de memória. Cientificamente falando, eles são partes de informações, unidos através de seu significado ou do seu uso. E a prática de repetição e memorização são estratégias para criar novos blocos.
Eles são importantes para que haja fluidez ao entender um novo conceito (como um idioma), e ao expressá-los. Por exemplo: você tem um pensamento simples como “vou tomar café da manhã”. A partir daí, seus neurônios ativam os blocos de memórias associados a essa ação, e você começa a esquentar a água para o café ou chá, montar a mesa e a pegar as coisas no armário da dispensa, certo? Isso tudo de forma automática, sem se preocupar com todos os detalhes do processo.
Ainda com o exemplo de aprender um idioma novo, vamos usar o inglês ok? Quando iniciamos os estudos, aprendemos por partes – por bloquinhos – a como falar em inglês. Aprendemos um pouco sobre os sujeitos, depois aprendemos sobre os verbos, e depois aprendemos sobre preposições e complementos. O aprendizado foi fragmentado, mas no final se integra em um só, e você consegue formar uma frase, conversar, ou dar uma palestra.
Primeiro: Sua mente precisa estar focada no assunto. E para isso, é importante estar em um ambiente sem distrações vindas de pessoas, televisão ou notificações do celular, porque a sua atenção não estiver centrada no que você precisa aprender, não conseguirá desenvolver blocos “fortes”.
Segundo: Entenda a ideia básica do que você está tentando aprender. Entender um conceito geral, identificar os elementos básicos ou compreender a essência de um assunto.
Terceiro: Apronfundar-se no assunto. Estudar em mais detalhes, tomando notas.
Quarto: repetição para fixação. Após entender e compreender um conceito, é importante praticar para enraizar e criar novas conexões.
Informação atrai informação. Quanto maior for a sua bibliotca de blocos de memórias (e práticas), maior será a rede de conexões neurais e maior será a capacidade de alcançar de forma rápida e eficiente situações com as quais pode resolver um problema/atividade.
Quando estamos aprendendo um tema novo, é comum lê-lo diversas vezes durante a mesma sessão de estudo. Ler diversas vezes o mesmo assunto é uma coisa benéfica quando queremos fixá-lo em nossa mente, mas não dar um espaço é uma armadilha e resulta em frustração.
Isso porque, como vimos anteriormente, estudar um pouco todos os dias ajuda a formar conexões mais fortes. E quando estudamos incessantemente muito dentro do mesmo dia, não conseguimos adquirir mais conhecimento, mas sim confundir o que foi aprendido.
Rever conceitos estudados recentemente enquanto revê conceitos estudados mais anteriormente é uma boa técnica para reafirmar os blocos de memórias e fortalecer as conexões neurais já criadas.
Concluindo, blocos de memórias são pedacinhos de informações que estão conectadas pelo seu uso e significado, como o ato de pensar “tomar café” desencadeia uma série de pequenas ações que já fazemos de forma automática.
Esses blocos são muito úteis ao se aprender coisas novas, e para isso é importante reservar um momento sem distrações, entender o conexto geral, depois aprender detalhadamente e repetir e colocar em prática todo o aprendizado.
É importante também, a fim de não causar um “blurr” em sua mente, não repetir incessantemente o mesmo assunto durante a mesma sessão de estudos. Isso porque causa uma frustração e interfere no aprendizado. É importante sim, rever os conteúdos mas se forma espaçada.
E ai, Me conta, o que achou do segundo artigo dessa série Learn how to learn?
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Happy learning! bye bye